segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Isso o quê?

- Foi você?
-Não. Pensei que tivesse sido você!
-Bem, somos as únicas pessoas que entram e saem daqui, não é mesmo?
-Pois é, você tem algo a dizer sobre isso?
-Estou esperando que você me diga!
-É. Parece que essa conversa não está nos levando a lugar nenhum...
-Não está mesmo! Se você não tiver uma explicação convincente...
-Que explicação? Eu só tô tentando dizer...
-Vamos, diga! É melhor dizer logo de uma vez, antes que as coisas se compliquem e eu perca a confiança!
-Tenho o mesmo pensamento.
-Ótimo, então! Ninguém se acusa, ninguém assume...
- Pois é, ficamos assim....A não ser que....
-A não ser o quê?
-Que outra pessoa...
-Que outra pessoa? Quem faria isso?
-Não sei, só estou pensando!
-Não pode ser! Nenhum sinal de arrombamento, quase tudo no lugar...QUASE tudo!Foi você, vamos, assuma!
- Você só me acusa, da mesma forma eu faço, mas por um momento pensei que alguém tivesse entrado aqui. Só isso, mas se você me culpa dessa maneira é por querer encobrir isso aí!
-Perfeito! Chegamos num ponto que não há mais volta. Pelo visto é melhor eu não voltar mais aqui!
- Não foi o que eu quis dizer, não se faça de vítima!
- O que você queria? Você acha que eu seria capaz?
-Da mesma forma que você achou que tivesse sido eu!
-Então me desculpe.
-Desculpa? Eu que peço desculpas!
-Como desconfiamos assim um do outro?
- Desculpa....Café?
-Claro, claro. Adoçante, você sabe.

sábado, 1 de novembro de 2008

Aquello

En la noche fría se ha perdido aquello
se extravió su alma en el vendaval
Tanta hermosura que alegró las tardes
que encendió las luces de nuestra ciudad
En la noche oscura se ha perdido aquello
en los diarios viejos se apagó su voz
La ropa tendida sobre los alambres
saluda al ausente prolonga el adiós
Dicen que se fue, dicen que está acá
dicen que se ha muerto, dicen que volverá
En las avenidas limpian las vidrieras
se abren los balcones para que entre el sol
La gente retoma su tenso camino
retumba el trabajo sobre el hormigón
En la melodía que a veces resuena
anunciando el paso del afilador
El barrio respira los tiempos de antes
las nubes de otoño aquella ilusión
Dicen que se fue, dicen que está acá
dicen que se ha muerto, dicen que volverá

( Adriana Varela- Album: Cuando el rio suena)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mania feia

Alfredo frequenta os melhores bares do Recife.Os badalados, pelo menos. Sempre com amigos, mas nunca os mesmos. Na quinta ou na sexta ele retira a agenda de telefones de sua maleta preta e,metodicamente, escolhe as vítimas da semana. Estas, vão para o fim da lista após o encontro e, só depois de várias semanas eles marcam novamente. Ele nunca sai de casa sem pensar nos possíveis assuntos das conversas.
Os amigos apreciam sua companhia e papo agradável, além de ser um ótimo parceiro nos encontros de copo cheio!
Lá para as tantas da noite, Alfredão, como costumam chamá-lo, depois de tanta conversa animada e divertida e talvez, por exclusiva culpa da maldita cachaça, começa a puxar uns assuntos difíceis de discutir. Política, religião e futebol são os mais clichês.
Como não consegue impor seu ponto de vista, Alfredo faz uma ceninha, dá um escândalo e vai embora aborrecido. Pobre bêbado!
Mais uma vez abandona o recinto abarrotado de gente, companheiros igualmente embriagados e uma conta pra pagar.
Alfredão é um cara que vive bem, não precisa disso. Seus amigos também estão sempre com grana e não se incomodam de rachar a conta sem o bêbado fujão. Só que todos começam a perceber essa mania feia e dois deles resolvem pregar-lhe uma peça.
Batata e Guga encontraram Alfredo numa tarde ensolarada de sábado, que pedia umas boas cervejas geladas. Como combinado, Guga teve que sair antes para resolver um problema pessoal. Eles continuaram lá conversando, bebendo e dando umas secadas nas meninas.
Quando Batata encontrou a oportunidade certa, brigou com o amigo alegando que eles estavam observando a mesma garota. Num rompante, pegou sua mochila e foi embora sem dar tempo do Alfredo dizer uma palavra.
Neste dia, ele que não precisa disso, mas que estava habituado a ser o primeiro a sair, foi pego desprivinido. Alfredo foi embora cabisbaixo, deixando no barzinho da moda sua carteira de identidade e a promessa de pagamento da dívida.
Nunca mais ele brigou com os amigos por causa da bebida....

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Etílicos

A confissão

Que é que eu posso fazer?
Sou humano.

Bebo uma vodca e me apaixono.


Boemia

toda noite durmo de dia

( Extraídos do livro Linha de Fogo- Lui Fontes)

Assim

Gosto de dormir sentada, ler deitada e comer de pé. Cada doido com a sua mania...
Me acostumei a trocar a ordem das coisas.
O problema é que grito pra pedir silêncio, sorrio de saudade e me calo de vontade.
E quando eu miro... miragem.



Oração da semana

Thank you God for this fine day
And bless all the children all over the world
Thank you for the plants and the animals
Oh bring me sweet dreams tonight
And help me be good tomorrow
Noah's ark came to my house one day
With all of his animals and took me away
Oh Noah's ark came to my house one day
With all of his animals and took me away
( Letra da Música Noah's Ark- Cocorosie)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Caminhos

Gostaria de saber o que há em ti que não me deixa ir, nem voltar.